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20 Junho
Saúde
Óleo de coco não é tão saudável quanto você pensa
Autor: Everton Luiz

Segundo Associação Americana do Coração, enquanto o azeite tem 14% de gordura saturada - prejudicial à saúde cardíaca -, a banha de porco contém 39% , a de carne bovina 50%, a manteiga 63% e o óleo de coco impressionantes 82%. (iStockphoto/Getty Images)

O óleo de coco, recomendado em muitas dietas como substituto aos tradicionais óleos de cozinha, à manteiga e até mesmo ao azeite de oliva, pode ser, na verdade, a opção menos saudável. De acordo com um relatório recente da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês), o óleo de coco contém altos níveis de gordura saturada, sendo tão prejudicial quanto – ou até pior que – as gorduras de origem animal e até mesmo as outras de origem vegetal.

  Segundo a pesquisa, enquanto o azeite tem 14% de gordura saturada, a banha de porco contém 39% , a de carne bovina 50%, a manteiga 63% e o óleo de coco impressionantes 82%.

 “Como o óleo de coco aumenta o colesterol LDL, uma causa de doenças cardiovasculares, e não tem efeitos favoráveis compensatórios conhecidos, nós desaconselhamo seu o uso”, afirma a AHA.

Limites

A ingestão de gorduras saturadas em excesso prejudica a saúde ao  elevar os níveis de colesterol ruim (LDL), aumentando também o risco de doenças cardíacas e derrames devido ao acúmulo de gordura nas artérias, processo conhecido como aterosclerose. Por isso, a Associação Americana do Coração recomenda limitar o consumo de gorduras saturadas, presentes na manteiga, carne vermelha, queijo e a outros alimentos de origem animal.

“Comer bem, para a saúde do seu coração, não significa apenas reduzir a gordura, mas diminuir tipos específicos de gordura e pensar em bons substitutos, como gorduras insaturadas e cereais integrais, em vez de açúcar refinado e carboidratos”, disse Victoria Taylor, representante da Fundação Cardíaca Britânica, à BBC News.

A recomendação é que as gorduras saturadas — de laticínios, animais e óleo de coco e azeite de dendê, entre outras — sejam substituídas por gorduras mono ou poli-insaturadas, encontradas sobretudo em óleos vegetais, como o azeite de oliva e os óleos de milho, canola, girassol e soja.

Estudos anteriores mostraram que a redução no consumo de gorduras saturadas reduz os riscos de doenças cardiovasculares em aproximadamente 30%. Taxa semelhante a de quem toma estatinas, de acordo com informações da rede americana CBS.

Colesterol bom

A gordura é parte essencial de uma dieta equilibrada e saudável, atuando principalmente na absorção de vitaminas, como A, D e E. Porém, em vez de comer alimentos ricos em gorduras saturadas, como frituras, açúcares e o óleo de coco, a associação recomenda substituí-los por fontes melhores e mais saudáveis, como as gorduras insaturadas encontradas no peito de frango, peixes, nozes, frutas e legumes, azeite e produtos lácteos com baixo teor de gordura.

Veja na tabela abaixo os tipos de gordura e suas respectivas quantidades em cada tipo de alimento, de acordo com o relatório da AHA.

Conhecido como o “colesterol bom”, o HDL absorve o ruim e o transporta de volta para o fígado, que o expulsa do corpo. Por isso, altos níveis desse tipo de colesterol podem ter o efeito oposto do LDL, reduzindo o risco de doenças associadas.

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