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17 Outubro
EVENTO
I Simpósio Democratização da Educação: uma escola para tod@s é possível?
Autor: Vanessa Patricio
No dia 16/10 às 19h30 aconteceu no Auditório da UNG Bonsucesso o I Simpósio Democratização da Educação: uma escola para tod@s é possível? promovido pela Coordenação do Curso de Pedagogia UNG Bonsucesso e a docente do curso Profa Dra. Silvia Piedade de Moraes marcando o início da Semana de Oficinas Profissionalizantes no curso de Pedagogia.
 
Convidados:
 
Luiz Fernando Prado Uchôa- Professor de inglês e espanhol. Graduando em jornalismo. Colunista do site “Pau Pra Qualquer obra”, idealizador do blog Arco-íris literário. Membro da rede Família Stronger e TransBrasil.
 
Profa. Jorgeth - Formada no curso de magistério. Atuou de 1995 a 2008 como professor polivalente na rede Estadual de São Paulo. Graduada e Pós-graduada em Letras e Literatura. Ministrou aula de Língua Portuguesa no Ensino Médio. Atualmente atua na Educação Infantil no município de Guarulhos.
 
Rute Barbosa - Coordenadora do Grupo Direito dos Autistas. Proprietária do “Espaço Cultural Rute”. Coordenadora Municipal da UBM – União Brasileira de Mulheres.
 
Yalorisa Claudia de Oya - Presidente da Associação Cultural Ilê Omo Oya que procura divulgar e preservar todo patrimônio material e imaterial da cultura dos Povos Tradicionais de Matriz Africana com a promoção de ações afirmativas a fim de garantir a transmissão dos saberes para as futuras gerações . Educadora Social Pela Universidade Guarulhos. Graduanda em psicologia.
 
A democratização da educação compreende três aspectos fundamentais nas quais a escola foi fundamentalmente afetada.Os Pioneiros da Educação – Movimento da Escola Nova elencaram em meados de 1920 uma grande campanha pela democratização da educação. Definiram com ponto crucial uma política de Estado que garantisse – obrigatoriedade, gratuidade e laicidade.Nesse processo a democratização se constituiu primeiro como direito do acesso à educação – escola para todos com obrigatoriedade de matrícula pelas famílias e oferta pelo Estado.  Nesse momento crianças e jovens de todas as classes, configurações familiares, idade, raça/etnia e classe social tiveram o direito de matrícula assegurado.  Com tantas diferenças na escola, escassa formação de professores e concepções de educação ainda excludentes, o acesso (escola para todos) passa a não ser sinônimo de aprendizagem. Os níveis de repetência e evasão crescem e se mostram por meio de uma dura realidade de exclusão das classes menos favorecidas.
 
Novas políticas são pensadas e para concretizar a democratização da educação foi necessário propor formas de permanência dos educandos na escola.  Políticas de assistência aos alunos (alimentação, transporte, controle da frequência, obrigatoriedade da permanência e eliminação da repetência para corrigir as distorções idade/série) fizeram parte desse contexto.  No entanto, a permanência garantiu boas conquistas, mas não demostrou eficiência na qualidade de ensino, já que muitos educandos passavam anos no processo de escolarização sem aprender conhecimentos básicos.
 
O desafio proposto para uma democratização completa está em garantir a qualidade de ensino, que todos possam ter acesso, permanecer e aprender.  
 
De acordo com a última pesquisa IBGE/PNAD (Pesquisa Nacional e Amostra por Domicílio/2015) indicou que o Brasil está muito próximo da universalização do ensino obrigatório. Entretanto, a EJA (Educação de Jovens e Adultos) modalidade de educação tem crescido muito entre jovens a partir de 15 anos. A EJA é uma política de educação compensatória, cujo vigor deve ocorrer em decréscimo e não no aumento de sua oferta.  Outro fator preocupante é que o Brasil não tem apresentado bons índices de aprendizagem, sobretudo em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, conforme o último resultado do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) apontado pelo INEP/MEC de 2015.
 
Há ainda questões importantes sobre a democratização da educação – acesso, permanência e qualidade de ensino em relação a determinados grupos.  Avançamos muito em legislações que ainda não foram incorporadas à cultura, por isso não se concretizaram de fato.
 
Segundo o Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos da Unesco  milhões de crianças  têm barreiras para cumprir e desenvolver seu potencial acadêmico. Entre educandos em situação de vulnerabilidade destacamos que a escola se torna um ambiente hostil, excludente e até violento. 
 
Entre esses grupos destacamos educandos transexuais, travestis, gays, lésbicas, bissexuais, alunos com deficiência (TEA, TGD, surdez, etc) e até altas habilidades ou superdotação, educandos que professam religiões de matrizes africanas, obesos (as) e até mesmo aqueles em que sua família está fora de um ‘padrão’ socialmente aceito.
 
Como estabelecer a democratização da educação - acesso, permanência e qualidade de ensino que contemple uma formação completa, humana e de fato para tod@s? Será possível investir na formação inicial de professores para que saibam lidar com as diferenças e dissidências preocupando-se com a aprendizagem e uma formação humana cujo valor se concretiza na Cultura de Paz?
 
Um elemento provocador dessa reflexão é que pretendemos sensibilizar por meio dos relatos as experiências únicas – dificuldades, batalhas e conquistas – que ao longo do tempo cada um de vocês tem vivido, sobretudo no ambiente escolar.
 
Prof.ª Esp. Vanessa Angélica Patrício – Coordenação Curso de Pedagogia UNG Bonsucesso
 
Profa Dra. Silvia Piedade de Moraes – Docente Universidade Guarulhos 

 

Galeria: 
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